Terca-Feira, 30 de Maio de 2023

SC perde o talento do arquiteto e urbanista André Schmitt, “desenhador urbano”

De suas pranchetas nasceram empreendimentos de destaque de Florianópolis

O arquiteto junto à maquete do Parque Metropolitano Dias Velho – aterro da Baía Sul’. Foto de Ronald Pimentel  (Santa Editora). Reprodução: CAU/BR

Faleceu na noite de 12 de setembro de 2019 do arquiteto e urbanista André Schmitt.  Ele tinha 72 anos de idade e estava internado no Hospital Baía Sul, em Florianópolis, em coma, desde a semana passada, após complicações decorrentes de uma queda em casa. Projetista de importantes empreendimentos  da capital de Santa Catarina, André Schmitt se auto-classificava como “um desenhador urbano” . 

André Schmitt era titular do escritório Desenho Alternativo.  Em março de 2018, no dia do aniversário de Florianópolis,  o arquiteto e urbanista recebeu a Medalha do Mérito Virgílio Várzea, pelos relevantes serviços prestados à cidade.   Na ocasião, a revista ÁREA publicou uma matéria especial a respeito de seu trabalho onde lembra que “de suas pranchetas, nasceram empreendimentos de destaque na cidade, como o resort Costão do Santinho (que exigiu o desenvolvimento de um plano diretor para toda a orla), e sob sua coordenação, Florianópolis ganhou propostas inovadoras, como a do Jardim Botânico, com três estações sediadas em diferentes bairros. Nos anos 1970, foi Secretário do Turismo e, nesse período, criou-se a Fundação Cultural Franklin Caescaes e determinou-se o fechamento do vão central do Mercado Público ao trânsito de veículos – iniciativa que contribuiu para a consolidação do espaço como importante ponto turístico e cultural da cidade. E sempre colaborou nas discussões sobre o plano diretor”.

A revista também lembrou que André figura entre os Grandes Nomes da Arquitetura Catarinense em Planejamento Urbano, publicação produzida pela Santa Editora em parceria com a AsBEA/SC.

André venceu, em 1996, o concurso público nacional de ideias lançado pela prefeitura e pelo IAB/SC para o ‘Parque Metropolitano Dias Velho – aterro da Baía Sul’. O projeto desenvolvido por ele e mais oito colegas, com a assessoria de nove consultores de diferentes competências, previa a aproximação do mar, a integração dos modais, a criação de áreas de lazer e de novos pontos para negócios, gastronomia e entretenimento na região, na área central da cidade. A proposta ainda não foi implementada.

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