Terca-Feira, 23 de Abril de 2024

Nadia Somekh é eleita presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil

Arquiteta e urbanista dirigirá CAU/BR no triênio 2021-2023. É a primeira vez que uma mulher ocupa o cargo. Texto: divulgação.

Nadia Somekh é professora emérita da Universidade Presbiteriana Mackenzie tendo sido diretora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (2005-2009) e coordenadora da estruturação da pós-graduação da FAU Mackenzie. Foi conselheira do Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB e da União Internacional de Arquitetos – UIA (2008-2017). Na cidade de São Paulo presidiu a Empresa Municipal de Urbanização – EMURB (2002-2204) e foi diretora do Departamento de Patrimônio Histórico e presidente do Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental (2013-2016). Ganhou do governo francês a Palma Acadêmica (2018) e é professora convidada do Instituto de Urbanismo de Paris/França. Foi conselheira federal do CAU/BR, gestão 2018-2020, onde coordenou a Comissão Especial de Equidade de Gênero e propôs o Programa “Mais Arquitetos”, para ampliar o trabalho de Arquitetura Social no Brasil. Reeleita para o triênio 2021-2023. É autora do livro “A Cidade Vertical e o Urbanismo Modernizador”, entre outros.

A escolha se deu, por votação secreta, entre os 28 conselheiros federais. A arquiteta obteve 19 novos votos.  Em seu plano de gestão, Nadia Somekh afirma que “a conjuntura do país e a ameaça em curso às entidades profissionais representativas demandam uma dupla postura”.

A frente externa seguirá “uma pauta progressista, pela defesa incondicional da democracia, das instituições democráticas e por ações de reconstrução e consolidação do direito à cidade, a moradias dignas, à saúde e ao trabalho durante e após a pandemia que estamos passando”.

Segundo ela, é preciso sensibilizar a sociedade da importância do ofício do arquiteto e urbanista. “Um terço das moradias brasileiras estão em condições precárias. É preciso enfrentar a vulnerabilidade da maioria da população brasileira com o desenvolvimento de programa de habitações de interesse social, superando as grandes desigualdades existentes no território nacional. Mas não só. É preciso também um programa de arquitetura acessível e popular para a melhoria das condições habitacionais da maioria das moradias nas cidades brasileiras nesse momento de isolamento. Além disso, uma regulação urbana que atenda aos 5570 municípios brasileiros para que possam contar com pelo menos um arquiteto”.

Outra frente de ação, interna ao CAU, “democrática e participativa”, buscará a coesão das ações do CAU/BR com os Conselhos dos Estados e do Distrito Federal e com as demais entidades nacionais de arquitetos e urbanistas.

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