Com exposições simultâneas, o museu procura trazer ao público o trabalho de mulheres importantes para a arte brasileira.
Durante os dias 27 de Agosto até 30 de janeiro de 2022, o Museu de Arte de São Paulo (MASP) abre ao público duas exposições sobre ilustres personalidades femininas para a arte nacional. A exposição Maria Martins: desejo imaginante – uma parceria com a Casa Roberto Marinho (Rio de Janeiro) – busca revisitar o trabalho de uma das mais impressionantes escultoras brasileiras. Já Gertrudes Altschul: filigrana, visa exibir o trabalho de Gertrudes Altschul, uma das principais fotógrafas que trabalharam no Brasil e que também foi uma das poucas mulheres sócias do Foto Cine Clube Bandeirante.
Maria Martins: desejo imaginante
A exibição Maria Martins: desejo imaginante, conta com 45 obras produzidas pela artista mineira entre as décadas de 1940 e 1950, assim como documentos, publicações e fotografias que narram a trajetória de sua vida. Juntamente com sua respectiva publicação, a mostra é considerada a retrospectiva mais abrangente já realizada em relação à carreira da artista e tem o objetivo de revisitar o lugar de Martins dentro da história da arte brasileira e internacional. Maria Martins: desejo imaginante, conta com a curadoria de Isabella Rjeille juntamente com Fernanda Lopes e, além disso, tem parceria com a Casa Roberto Marinho que exibirá a mostra no Rio de Janeiro no próximo ano, em 2022.
![Maria Martins em seu ateliê, entre as esculturas O impossível (1945), Pourquoi toujours [Por que sempre] (1946), Saudade (1945) em primeiro plano e, ao fundo, However [Todavia] (circa 1944) e Apuiseiro (1943), década de 1940_t](https://i0.wp.com/arqxp.com/wp-content/uploads/2021/09/Maria-Martins-em-seu-atelie-entre-as-esculturas-O-impossivel-1945-Pourquoi-toujours-Por-que-sempre-1946-Saudade-1945-em-primeiro-plano-e-ao-fundo-However-Todavia-circa-1944-e-Apuiseiro-1943-decada-de-1940_t.jpg?resize=800%2C684&ssl=1)
A mostra está dividida em cinco seções: Imaginários amazônicos, Como uma liana, Por muito tempo acreditei ter sonhado que era livre, Duplos impossíveis e Mitologias pessoais – que examinam as maneiras com que a artista lidou com a variedade de imagens que representam o Brasil e os trópicos, lugar que também foi recuperado, reafirmado e reinventado por ela.
A publicação ilustrada (com versões em português e inglês) visa examinar o trabalho de Martins como artista e mediadora cultural, expandindo a abordagem curatorial introduzida pela exposição. Os ensaios investigam as influências e os diálogos que seu trabalho estabeleceu em diferentes contextos, tanto no Brasil quanto em outros países da América Latina, Ásia e Europa e nos Estados Unidos. A publicação está à venda online no website masploja.org.br e, também, na loja do museu.
Gertrudes Altschul: filigrana
Nesse mesmo período, o MASP também exibe a mostra Gertrudes Altschul: filigrana, com curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico do MASP, e Tomás Toledo, curador-chefe do MASP. A exibição reunirá 64 fotografias ampliadas, cobrindo os dez anos de produção artística de Altschul, correspondidos entre 1952 e 1962.
Gertrudes Altschul foi uma figura pioneira no contexto da fotografia modernista brasileira: uma fotógrafa em uma época em que as câmeras portáteis começavam a se popularizar e em um cenário ainda dominado por homens. Apesar de ser reconhecida no cenário fotográfico brasileiro, seu trabalho permanece apenas no meio especializado, sendo raramente publicado e exibido. Fez parte do Foto Cine Clube Bandeirante (FCCB), que gerou a primeira leva de fotógrafos modernos em São Paulo – os fundadores da Escola Paulista, da qual foi uma das principais expoentes. Seus principais temas eram a arquitetura brasileira moderna e motivos botânicos, especialmente folhas.
O catálogo publicado será o primeiro monográfico da artista, ricamente ilustrado e com versões dos textos em português e inglês. Folhas de contato, que mostram o processo de edição do artista, bem como algumas páginas do álbum, serão reproduzidas na publicação. Mais informações podem ser encontradas no website masploja.org.br e, também, na loja física do museu.
Outras exposições no museu
Nesse ano de 2021, inspirado no tema de Histórias brasileiras, o MASP terá exposições exclusivas de artistas mulheres. No mesmo dia, 27 de julho, o museu abriu a Sala de vídeo: Zahy Guajajara com curadoria de Adriano Pedrosa, e Acervo em Transformação: doações recentes, que reúne 13 obras incorporadas à coleção do museu, expressando o trabalho em andamento que vem sendo realizado com o objetivo de fortalecer a presença feminina na coleção. Adriano Pedrosa e Amanda Carneiro, curadora adjunta do MASP, são responsáveis pela curadoria.
Serviço
MARIA MARTINS: DESEJO IMAGINANTE [MARIA MARTINS: TROPICAL FICTIONS]: 27 de Agosto de 2021 – 30 de janeiro de 2022
GERTRUDES ALTSCHUL: FILIGRANA [GERTRUDES ALTSCHUL: FILIGREE]: 27 de Agosto de 2021 – 30 de janeiro de 2022
MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Endereço: Avenida Paulista, 1578, São Paulo, SP
Telefone: (11) 3149-5959
Horário: terça-feira, das 10h às 18h; quarta a sexta-feira, das 12h às 18h; sábado e domingo, das 10h às 18h; fechado às segundas (o horário de funcionamento está sujeito a alterações).
Ingressos: R$ 50 (inteira); R$ 25 (meia-entrada).
O MASP é gratuito na terça. Oferecido pela Qualicorp.
O museu também é gratuito na primeira quarta-feira do mês. Oferecido pela B3 (programa sujeito a alterações).
Reserva online obrigatória pelo website: masp.org.br/ingressos
Leia todas as medidas adotadas pelo museu para receber seus visitantes com segurança e as novas regras de visitação no website: masp.org.br/visitasegura
AMIGO MASP tem acesso ilimitado ao museu durante o horário de funcionamento. É necessário fazer reserva online.
Alunos, professores e maiores de 60 anos pagam R$22 (meia-entrada). Menores de 11 anos são gratuitos, assim como pessoas com deficiência e um acompanhante.
O MASP aceita Visa, Mastercard, American Express, Elo, Hipercard, Aura, JCB, Dinners e Discovery.
Totalmente acessível, com ar condicionado, adequado para todas as idades.