Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024

Japan House São Paulo e Instituto Tomie Ohtake realizam série sobre arquitetura

A Japan House São Paulo e o Instituto Tomie Ohtake se uniram em uma parceria inédita. Tendo como ponto de partida o Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel, ambas instituições realizam a série Correspondências arquitetônicas: Brasil e Japão em suas respectivas mídias sociais como Instagram, Facebook e Site. Iniciada em 29 de julho, a série propõe trocas semanais de “cartas online” sobre arquitetura, onde são realizados paralelos correspondentes no Brasil e Japão. Os diálogos abordam o tema Morar e algumas das implicações envolvidas neste vasto tema.

A primeira das quatro trocas de cartas, falou sobre construções em lotes reduzidos. Dentro deste cenário, o Instituto Tomie Ohtake apresentou como case brasileiro, o projeto premiado pela 3ª edição do Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel, em 2016. A Casa Vila Matilde, concebida pelo escritório Terra e Tuma, é um exemplo de sucesso de construção e aproveitamento em lotes exíguos, neste caso, 4,8m de largura por 25m de profundidade. Como paralelo no Japão, a Japan House São Paulo comentou sobre um fenômeno conhecido como jutaku (住宅), ou as micro casas japonesas e apresentou o projeto Double Helix House (Casa de Hélice Dupla), de 2010, dos arquitetos Maki Onishi e Yuki Hyakuda. Em um terreno com 77 m², no centro de uma quadra, eles criaram uma residência pequena, mas que possibilita a seus habitantes usufruí-la de maneira muito completa.

Partindo da Japan House São Paulo, a segunda correspondência contou sobre a experiência japonesa de pensar o projeto a partir das memórias do local, usando como parâmetro o método do arquiteto nipônico Tsuyoshi Tane, que acredita que uma construção arquitetônica não está limitada a um espaço físico mas exerce a importante função de um portador de memórias. Assim, a instituição apresentou o projeto A House for Oiso (Uma casa para Oiso), executado em 2015, por Tane e pelos arquitetos Dan Dorell e Lina Ghotmeh, que buscou-se adaptar diversas tipologias arquitetônicas experimentadas pelos habitantes da região ao longo dos séculos em uma residência contemporânea. Como resposta, o Instituto Tomie Ohtake falou sobre o Moradias Infantis, premiado pelo Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel em 2017. Para esta empreitada, os escritórios Aleph Zero e Rosenbaum se uniram para reinventar um internato de uma escola rural localizado numa fazenda no município de Formoso do Araguaia, no Tocantins. O Moradias Infantis lida com questões profundas da memória nacional como os saberes indígenas e a tradição do trabalho manual da lavoura. Contou com um caráter colaborativo, já que jovens e outras pessoas da comunidade foram envolvidas para pensar conjuntamente uma nova ideia de internato e aprendizado.

A série Correspondências arquitetônicas: Brasil e Japão conta ainda com mais duas trocas, que podem ser acompanhadas nas mídias sociais do Instituto Tomie Ohtake e da Japan House São Paulo. A próxima, a ser publicada no dia 13 de julho, conta sobre experimentações na arquitetura doméstica contemporânea. O assunto da última troca, em 20 de julho, é sobre moradias compartilhadas.

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