Com um ambiente altamente imersivo nos primórdios do universo digital, a exposição “Vers un imaginaire numérique” conversa com o passado enquanto aponta o futuro.
Texto: Divulgação/Tradução do editor. Fotografias: v2com
Apresentada no UQAM Centre de Design (Québec, Montreal), a exposição “Vers un imaginaire numérique” [Rumo a uma imaginação digital] apresenta um olhar histórico e contemporâneo sobre o papel das ferramentas digitais no processo de geração de formas no design e na arquitetura. Com uma seleção exclusiva de fotografias, filmes, reproduções de alta qualidade, reconstruções de software interativas e obras de profissionais atuais, a exposição examina a união de desenvolvimentos técnicos em gráficos e software com o surgimento de novas linguagens estéticas e sensibilidades teóricas no design, arquitetura e outros campos criativos.
Após alguns cliques e pressionando algumas teclas, designers, arquitetos e artistas transformam materiais em formas precisamente esculpidas, criando mundos imaginários na forma de paisagens pixeladas e visões imersivas animadas por algoritmos e pela ação humana. Graças ao software, os materiais, as imagens e as ações se tornaram calculáveis e concebíveis. Mas como o design se tornou computadorizado? É o que a exposição procura explorar.
Ao combinar documentos históricos raros e visualmente impressionantes com uma seleção de obras de arte contemporâneas, “Vers un imaginaire numérique” revela como os tecnólogos do século 20 nos Estados Unidos, Canadá e Grã-Bretanha interpretaram o design usando ideias e métodos de computador. A exposição também investiga como designers, arquitetos e artistas adotaram – ou adaptaram – a ciência da computação como um veículo para a experimentação material, visual e conceitual.

Fotografia: Dana Cupkova
A exibição
Além do que já foi mencionado, “Vers un imaginaire numérique” inclui uma série de reconstruções interativas experimentais criadas com os primeiros sistemas de design auxiliado por computador, incluindo o Sketchpad de Ivan Sutherland e o HIDECS 2 de Christopher Alexander e Marvin Manheim. Os visitantes poderão experimentar diretamente os aspectos visuais e táteis dessas tecnologias transformadoras, entrando em sua lógica algorítmica.
Reunidos numa cenografia visual, estes materiais mostram como, para além das novas tecnologias, o surgimento dos computadores digitais no século XX deu origem a novas linguagens visuais e materiais, bem como a novas abordagens ao design e à criatividade.
Cubo wireframe desenvolvido no Cambridge CAD Group, 1972.
Fotografia: Robin Forrest.Representação inicial de um caminho 3-D para manufatura automatizada desenvolvida com o computador Whirlwind, 1958.
Fotografia: cortesia dos Arquivos do MIT.

Fotografia: Centro de design UQAM.
Os criadores
Os trabalhos de trinta designers, arquitetos e artistas são exibidos, incluindo Kristy Balliet e Kelly Bair, Phillip Beesley, Joanna Berzowska, dentre outros. Além disso, os registros históricos incluem mais de 150 itens de coleções pessoais e de arquivos de instituições de pesquisa, como o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, Carnegie Mellon nos Estados Unidos, a Universidade de Cambridge na Inglaterra, a Universidade de Toronto, a Universidade de Waterloo e a Bell-Northern Research no Canadá.
Fotografia do console ESL no Projeto MAC, 1965.
Fotografia: cortesia do Museu do MIT.“FINGERFILM”, Architecture Machine Group (10:23)
Fotografia: Centro de design UQAM.
Serviço
Datas: 15 de setembro a 7 de novembro de 2021
Curadores: Daniel Cardoso Llach e Theodora Vardouli
Endereço e horário de funcionamento: UQAM Center de design
Rua Sanguinet, 1440. Montreal, Canadá.
Entrada grátis: Quarta a domingo, do meio-dia às 18h.
Informações: 514-987-3395 ou centre.design@uqam.ca
Para mais informações, visite: centrededesign.com ou www.facebook.com/centrededesign.uqam.ca (Em inglês/francês)