Quinta-Feira, 16 de Maio de 2024

De estagiária a sócia, engenheira mostra que mulheres estão conquistando seu espaço na construção civil

Apenas com 32 anos, a engenheira civil e de Segurança do Trabalho, Mariana Ribeiro tem um bela jornada de sucesso para compartilhar. A profissional com 14 anos de profissão, é a atual diretora de Qualidade e Pós-obra da Toctao Soluções em Engenharia, com forte atuação na área de incorporação e construção civil, empresa em que trabalha há 12 anos. 

A engenheira lidera diretamente, mais de 30 profissionais, e de maneira indireta, aproximadamente 500 colaboradores distribuídos nas obras do grupo. Chegou como estagiária de uma obra em 2011 e depois foi atuar na área de gestão da qualidade da empresa, onde conseguiu a tão sonhada contratação como engenheira civil. Em um momento de crise no mercado, aceitou trabalhar na assistência técnica da empresa, um setor não muito desejado pelos engenheiros por conta de gerar muito estresse. Assumindo desafios, tornou-se coordenadora e, depois, foi convidada a se tornar sócia da empresa.

Em sua visão, o fato de lidar com uma maioria expressiva de homens no dia a dia nunca foi um problema, pois sempre foi tratada com muito respeito. “No entanto, quando atendia clientes de pós-obra, já precisei fugir de cantadas desrespeitosas e cheguei a ser assediada de maneira mais incisiva, ao ponto de precisar registrar um boletim de ocorrência na delegacia, o que foi feito com o apoio da empresa”, conta. 

Para a engenheira, de modo geral, o mercado de trabalho para as mulheres melhorou muito com o passar dos anos, mas ainda há muito que avançar. “Mesmo sendo privilegiada por não sofrer nenhum tipo de preconceito na empresa que trabalho, vejo que ainda precisamos lutar pela equidade de gênero de uma forma mais global”, destaca ela, ao citar um estudo do Linkedin utilizou um MESMO currículo, mas com nomes diferentes de um homem e uma mulher, para ser analisado por empresas e profissionais. 

“O homem foi contratado primeiro e com um salário muito superior ao da mulher. Essas pessoas verdadeiramente nem existiam e o currículo era exatamente igual. Isso é estar em posição igualitária?”, indaga. 

Ela considera que sua situação é privilegiada frente a outras mulheres, pois é mulher branca, sem filhos e solteira, o que facilita muito minha rotina e a dedicação ao trabalho. “Mulheres que são mães, esposas, que possuem jornadas não triplas, mas quádruplas, com um emprego, família e casa para cuidar, possuem desafios ainda maiores”, pontua.

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Quinta-Feira, 16 de Maio de 2024
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