Construção civil brasileira aos poucos abandona técnicas artesanais para ganhar mais precisão com a adoção da tecnologia nas obras

Em Goiás, um condomínio residencial em implantação no centro de Aparecida de Goiânia, o Parqville Jacarandá, terá suas ruas pavimentadas por meio da Machine Control – solução de geotecnologia que traz maior precisão na execução, durabilidade do asfalto e conforto ao usuário. Em obras de pavimentação de novos bairros e condomínios fechados, a cidade surge como a pioneira em toda América do Sul.
O software de geotecnologia europeu funciona por meio de um sistema de que guia todas as operações da motoniveladora através de uma estação total robotizada. O projeto de pavimentação é passado para o software, e o operador da máquina passa a atuar apenas como piloto. Desta forma, o operador da máquina, que antes tinha de definir a movimentação das lâminas, passou a ter a função apenas de dirigi-la.
“Quem determina se a lâmina niveladora sobe ou abaixa, é o programa”, explica Guilherme Oliveira, engenheiro cartográfico da Leica Geosystems, empresa responsável por trazer o sistema para o Brasil. A empresa que está desenvolvendo o condomínio, a Cinq Desenvolvimento Imobiliário, investiu na compatibilização do projeto através do Building Information Modeling (BIM), sistema em que o desenho é gerado em terceira dimensão, com levantamento detalhado de todas as medidas, tais como altura de meio fio, pontos baixos do terreno, entre outras.

O engenheiro Eduardo Oliveira, diretor da Cinq Desenvolvimento Imobiliário, observa que os pilares da empresa são conhecimento, inovação e qualidade, que resultaram na medida prática de trazer a tecnologia para a obra. “Seus resultados irão contribuir ainda mais com o conceito de acessibilidade dos nossos projetos, uma vez que a caminhabilidade pelo asfalto será mais regular, além de diminuir custos de manutenção futura para os moradores”, acrescentou.
Graças a alta precisão de nivelamento, a eficiência do resultado é alta: a pavimentação têm uma margem de variação de apenas dois milímetros, enquanto no processo artesanal, executado pelo operador de máquina, ela pode chegar a três centímetros e o prazo de execução da obra chega a ser 40% menor. “É essa variação mais alta que gera desconforto ao motorista, poças d’água nas chuvas, que certamente vão se transformar em fissuras, e necessidade de maior manutenção”, expõe Guilherme.