Sob a curadoria de Ethel Leon e Eduardo Costa, a Galeria Teo inicia exposição voltada para a valorização do patrimônio do mobiliário brasileiro. Texto: Bruno Henrique Silva | Fotos: Ramanaik Cunha Bueno.
Há mais de duas décadas, a Galeria Teo tem sido local de pesquisa e valorização do mobiliário brasileiro, sendo referência na sustentação da relevância do design modernista nas décadas de 1930 a 1970. Nesse tempo, ganhou destaque pela promoção de mostras, exposições e plena vivência do legado do desenho brasileiro com a seleção apurada das peças em seu acervo. Seu mais recente empenho rumo à valorização da produção nacional é a exposição “Celina Decorações: Público, Indústria e Madeira”, que recebe a curadoria de Ethel Leon e Eduardo Costa.



Fundada por Celina Zilberberg, a empresa Celina Decorações ganhou notoriedade pela produção e venda de mobiliário moderno do final da década de 1960 em diante, com destaque para o mercado residencial. Também teve forte participação na expansão da indústria hoteleira no Brasil e na produção de mobiliário corporativo.




Sua honrosa trajetória rendeu uma clientela tanto nacional quanto internacional, interessada em adquirir móveis de madeiras brasileiras, como o jacarandá-da-bahia, jacarandá-paulista e caviúna. A alta densidade, durabilidade e rajado escuro típico das madeiras traziam aos móveis da Celina Decorações uma grande beleza e qualidade construtiva.


Os 23 móveis expostos evidenciam o pensamento construtivo lógico e claro da Celina Decorações, além de demonstrar a versatilidade na concepção de soluções de mobiliário. Ainda com a curadoria científica do botânico Gregório Ceccantini, são expostas madeiras, amostras e ilustrações botânicas das espécies de árvores que originaram o rico mobiliário desta empresa.
