Sexta-Feira, 01 de Dezembro de 2023

Brasil ao Cubo explica o que são construções modulares

A Brasil ao Cubo explica o que são, quais os tipos e as vantagens desse modelo de obra |Texto e Fotos: Divulgação

A Modular Building Institute define a construção modular como um processo no qual um edifício é construído fora do local onde será utilizado, sob condições controladas de um ambiente industrial, usando tecnologia projetada do zero com engenharia e arquitetura especializada para trazer uma obra de alta qualidade, com a vantagem de ser em média 4 vezes mais rápida do que o processo construtivo convencional. Os edifícios são produzidos em ‘módulos’ que, quando montados no local, refletem a intenção do projeto e as especificações da instalação.

A Brasil ao Cubo se destaca nesse segmento. A empresa já construiu cinco hospitais permanentes em apenas 115 dias, graças ao exclusivo sistema Plug and Play, tecnologia desenvolvida pela construtech. Para explicar sobre essa nova forma de construir, o CEO e fundador da empresa, Ricardo Mateus comenta sobre as principais diferenças em relação às obras tradicionais:

 

Construção modular

Existem dois tipos de construção modular: permanente e realocável. No primeiro, os módulos podem ser integrados no local em que os projetos são construídos ou usados de forma autônoma. Como uma solução pronta para uso, com menos desperdício e maior controle de qualidade que a construção tradicional. Já no segundo, como o próprio nome já diz, os edifícios ​​são projetados para serem reutilizados várias vezes e transportados para diferentes locais.

Além da menor geração de resíduos e de perturbações, o uso de módulos permite uma construção mais restrita e concluída em um quarto do tempo da tradicional. A construção modular reduz a demanda por matéria-prima, diminui o desperdício de materiais e da quantidade de energia gasta para criar um edifício, atenua o risco de atrasos climáticos e reduz os riscos de acidentes, sem contar que se ajustam à estética externa de qualquer edifício já existente.

O que é construção modular off-site?

O termo ‘off-site’ vem do inglês ‘fora do terreno’, ou seja, a construção off-site é um método construtivo que ocorre fora do local que a obra será instalada. Ricardo Mateus destaca que a indústria da construção civil é uma das poucas que não ocorre tradicionalmente dentro de uma fábrica, “mas a construção off-site veio para mudar essa realidade, possibilitando novos modelos de negócio”, completa.

As obras são confeccionadas a partir da acoplagem de várias seções, que têm a dimensão máxima de 15,00m x 3,80m x 3,90m (comprimento, largura e altura). Mas, ao serem unidas, formam construções grandiosas, como, por exemplo, o Centro de Treinamentos Ambev, que possui 2.250m² e foi finalizado pela empresa em março de 2020.

Desse modo, a fabricação das edificações ocorre dentro de um parque fabril, podendo ser transportadas para o Brasil inteiro, sem precisar que o terreno de destino fique pronto para iniciar a construção, permitindo que várias etapas ocorram ao mesmo tempo. Além disso, esse tipo de método possui etapas padronizadas e parametrizadas, assim, há como garantir uma entrega assertiva no prazo (ou até antes dele), com a garantia de que não haverá surpresas ou aditivos durante a fabricação.

 

 Como surgiu essa técnica?

“Todas as disciplinas que englobam o método construtivo off-site BR3, foram prototipadas em 2013 e sofrem melhorias constantes. Temos ainda um setor de qualidade que aplica a metodologia PDCA em todas as etapas do projeto”, lembra.

A metodologia PDCA vem do inglês “plan (planejar), do (fazer), check (checar) and act (agir) ”, e tem como objetivo promover a melhoria contínua dos processos por meio do circuito das quatro ações citadas acima. Essa sequência ajuda a fazer um controle contínuo, contribuindo para que cada etapa do processo se desenvolva da melhor maneira possível.

Qual a diferença da construção tradicional?

Os diferenciais são inúmeros, começando pelo o prazo. A partir do momento de aprovação do projeto, o imóvel será entregue na data estipulada, que, geralmente, não passa de 60 dias. O sistema desenvolvido pela Brasil ao Cubo consiste na fabricação de módulos capazes de serem interligados entre si que formam projetos complexos e de alta qualidade. 

Os módulos também podem ser transportados sem perda significativa de material. Isso possibilita a relocação de ‘imóveis’ com o custo reduzido da logística. Desta forma, permite-se que o terreno seja alugado, pois é possível realocar o módulo em um outro espaço, evitando a perda do investimento. 

A construção modular é feita em paralelo com a infraestrutura e paisagismo do terreno. Em locais onde há vegetação a ser preservada ou proximidade de vizinhos, por exemplo, a ausência de canteiro de obras e a instalação dos módulos permite reduzir o impacto gerado no terreno e em seu entorno. Com as etapas da construção acontecendo paralelamente, o sistema permite uma entrada mais rápida do imóvel no mercado. 

Uma obra tradicional leva, em média, quatro vezes mais tempo para ser finalizada do que uma obra feita pela Brasil ao Cubo. O estabelecimento iniciará suas operações em um período bem mais curto, possibilitando ao empreendimento integrar o mercado muito antes do que na construção convencional.  A intervenção no ambiente é muito mais sutil e o espaço requerido para se instalar uma edificação modular é menor. Isso resulta em redução do impacto ambiental e pode, inclusive, facilitar a aprovação de um projeto de obra.

“De fábrica, nossos módulos podem suportar mais 3 andares em cima do primeiro, mas, quando previsto, eles permitem a verticalização de até 10 pavimentos com a tecnologia que possuímos. Tornando qualquer negócio mais dinâmico e menos engessado”, completa Ricardo.

Quanto à sustentabilidade, qual o diferencial dessa técnica utilizada na construção?

Por ser feito dentro de um parque fabril, o controle dos processos e de qualidade permitem que a quantidade de resíduos gerado seja drasticamente reduzida, além de possibilitar a reutilização de materiais. “A própria modularidade do projeto já evita que haja desperdícios, até porque são feitas as paginações de placas, então, desde o início, tudo é calculado, sem riscos de ter mais resíduos do que deveria”, afirma.

Outro ponto importante em relação à sustentabilidade é a não utilização de água nas construções feitas dentro do parque fabril. Isso se dá pela aplicação dos perfis W e U laminado da Gerdau, utilizados nos módulos para o fechamento das paredes, piso e teto, substituindo tijolos, cimentos e outros materiais normalmente encontrados nas construções tradicionais. 

Aliás, as construções possuem opcionais como painéis solares/fotovoltaicos e para captação de água da chuva. Outro diferencial é o aço, material mais reciclável do mundo, presente em todas as nossas estruturas. As paredes possuem, por padrão, tratamento térmico, gerando economia com climatização. Internamente, a empresa implantou uma cultura para a gestão de resíduos, a Brasil Sustentável, responsável pelo programa de gestão que destina todo o resíduo gerado de forma consciente e coerente.

Com todos esses benefícios, esse sistema é uma tendência?

Para o CEO da Brasil ao Cubo, a construção civil tem mantido a forma tradicional há muito tempo e agora as empresas encontraram uma demanda por construções mais rápidas e mais tecnológicas. Por isso, esse mercado está em pleno crescimento. “Agora, em tempos de pandemia, provamos que a construção modular off-site se faz necessária tanto pelo menor tempo para que os edifícios fiquem prontos, quanto pela maior segurança na obra. Não à toa, fomos procurados para a construção de hospitais. Demonstramos agilidade para lidarmos com uma crise, ajudando os profissionais da saúde a atenderem o maior número possível de pessoas contaminadas pela covid-19. Ou seja, em tempos de crise nos tornamos necessários, e em tempos normais continuamos sendo uma solução construtiva trabalhando em prol de nossos clientes”, completa.

 

 

 

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